Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015

Resenha do filme "Cinquenta Tons de Cinza"

Sinopse: Anastasia Steele (Dakota Johnson) é uma estudante de literatura de 21 anos, recatada e virgem. Uma dia ela deve entrevistar para o jornal da faculdade o poderoso magnata Christian Grey (Jamie Dornan). Nasce uma complexa relação entre ambos: com a descoberta amorosa e sexual, Anastasia conhece os prazeres do sadomasoquismo, tornando-se o objeto de submissão do sádico Grey.

Cinquenta Tons de Cinza o filme.jpg

 

 

E o filme mais esperado dos últimos tempos finalmente está nos cinemas. "Cinquenta Tons de Cinza", depois de mais discutido do que a lista do Oscar está encantando e desencantando muitos nas telonas. E olha que polêmica foi o que mais teve em volta dessa história: quais seriam os atores, quando começariam a gravar, quando seria a estreia, qual seria a classificação do filme, se seria 1 ou 3 filmes... Ufa! Deu pano para a manga. Assisti ao filme e gostaria de falar um pouquinho do que achei. Mas antes gostaria de falar muito por alto sobre os livros para conseguir explicar melhor minhas impressões sobre Dakota, Jamie e Cia.

Bom, admito, amo a trilogia. Foi o melhor livro que li na vida? Não, não foi mesmo. Foi o livro mais bem escrito? Longe disso, às vezes é até muito repetitivo. Foi o livro mais criativo? De modo geral, não. Foi com os melhores personagens? Grande personagem só tem um. Mesmo assim, volto a admitir, eu amo. Acho que foi porque li num momento em que ele começava a ganhar grande fama no Brasil e ainda não era um "boom" nacional. Não li porque tinha muito sexo de molhar as calcinhas e nem criei grandes expectativas só com a opinião das pessoas próximas de mim que tinha lido. Li despreocupada, de mente aberta, tentando não julgar aquilo que não conheço e sem me apegar a esse falso moralismo da nossa sociedade. De início, li por lê e no final das contas gostei muito do que "vivenciei" entre cinza, passando tons mais escuros até chegar à liberdade. Gostei da forma como a história envolveu meus sentimentos, me fez pensar, me fez ter reflexões e me encantou com seus defeitos e qualidades. Muitas vezes a "arte" é assim, ela te conquista de maneira que você nem consegue explicar. É um livro diferenciado, sem sombra de dúvida, porque faz uns amarem de paixão e outros odiarem. E em minha opinião é essa a maior graça dessa história toda.

De acordo de como o livro soube mexer comigo em muitos aspectos, foi inevitável que criei expectativas sobre o filme de início. Queria que ele tivesse estreia 6 meses depois que terminei de ler, que o Matt Bomer fosse meu Grey e que o filme tivesse 5 horas para ter todas as cenas do livro. Mas, a gente sabe que não é possível. Nunca é possível. Qualquer filme tem uma leitura diferente de qualquer livro. São maneiras diferentes de passar ideias e conteúdos, logo precisam ser diferentes na hora de nos atingir. Já sofri muito por querer que seja igualzinho. Hoje já não me preocupo mais com isso. Os filmes são baseados em livros. Se o livro é uma base significa que não são cópias. Fico feliz quando mantém a ideia da história. Modificações são necessárias para tornar a sequência de imagens mais dinâmicas e trazer os personagens para o roteiro proposto.

É claro que vamos comparar. É inevitável não fazer isso, inclusive. Eu comparo, vocês comparam, todos comparam. Isso é do ser humano. Até porque ao vermos o filme corremos o risco de lembrarmos do livro, aí é claro que vamos ver que a cena está diferente, que as características dos atores não são bem aquelas, que os lugares não apareceram iguais, que a cena que a gente tanto gosta não está incluída no longa e que aquele beijo de tirar o fôlego, puuuuuxa, não foi o que imaginei. Isso é bom. É positivo. Só não pode virar uma crítica desnecessária.

Por isso, admito mais uma vez, gostei muito do filme. Tem cenas modificadas, senti falta de 2 cenas do livro que queria muito ver no filme e não vi, mas posso dizer que a sequência da história está todinha no filme e de maneira correta. Temos alguns lugares muito bem feitos de acordo com o que foi descrito pela autora, amei a trilha sonora e fiquei satisfeitíssima com a Dakota como a Anastácia. E olha que quando vi a atriz achei que ficaria horrível. Porém, ela vestiu a camisa e dentro do esperado se saiu muito bem.

O Grey eu não achei tão parecido. Eu esperava mais. Mas não por incompetência do ator em si. Ele é lindo, é talentosíssimo e eu não tenho dúvidas disso porque já vi outros trabalhos dele. Foi culpa mesmo do roteiro que não deu o tom mais exato do personagem. Achei a atriz que faz a Kate, melhor amiga da Anastácia, velha para a personagem e senti muita falta de uma participação um pouquinho maior de alguns personagens secundários e de algumas cenas da Ana sem o Grey. Afinal, ela tem uma vida sem ele e isso se mostra no decorrer da história. Posso estar enganada, mas pode prejudicar um pouco o próximo filme (mas estou torcendo para que não aconteça). Esses são os pontos negativos para mim.

Cinquenta Tons de Cinza, o filme está mais romantizado e acho isso bom para que pessoas que não leram ou não gostaram/se apegaram ao livro possam ter uma outra ideia da história e quem sabe vir até a gostar dela. E quero parabenizar as cenas de sexo. Não são muitas como no livro, mas são muito bonitas e bem feitas. Soube demonstrar o teor explorado no enredo. Meu último parabéns vai para Jamie Dornan, que faz Christian Grey, por sua linda bunda. Cuida muito bem do corpo, que continue assim! (hahahahaha foi só para descontrair mesmo).

Em suma, depois de tanto esperar, especular e ansiar, "Cinquenta Tons de Cinza" me deixou muito feliz e satisfeita. Já estou ansiosa para ver "Cinquenta Tons Mais Escuros" nas telonas em 2016.

 

 

publicado por criando às 19:59
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